Os Portugueses, na qualidade de colonizadores de Angola, não estudaram as áreas de maneira tão exaustiva como os investigadores Britânicos, Franceses e os Alemãs fizeram em relação os seus impérios coloniais. De facto, os Portugueses estavam mais preocupados em registar o passado do seu próprio povo em Angola do que a história das populações indígenas, que eram e continuam a ser os proprietários de Angola.
Ressalvando alguns aspectos positivos da colonização de Angola pelos portugueses depois de 30 anos da Independência de Angola. Nos últimos anos da colonização Portuguesa, o português empreendeu a dar melhor vida social aos angolanos. A educação dos angolanos passou a ter prioridade no país. Muitos passaram a serem considerados assimilados e negro de 2 classe. Os portugueses ensinaram os Angolanos a cultura portuguesa, por isso se distinguem de outras nações africanas, que ainda têm deficiência em comer com o garfo e faca.
Na sequência do derrube da ditadura em Portugal 25 de Abril de 1974, abriram-se perspectivas imediatas para a independência de Angola. O novo governo revolucionário português abriu negociações com os três principais movimentos de libertação de Angola, para que Angola fosse uma nação independente
MPLA- Movimento Popular de Libertação de Angola,
FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola e
UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola)
Encontrou-se um consenso entre os tres movimentos e assinou-se o acordo de
um período de transição e o processo de implantação de um regime democrático em Angola (Acordos de Alvor, Janeiro de 1975).
A independência de Angola não foi o início de paz, mas o início de uma nova guerra aberta e sangrenta, conhecido como guerra civil. Meses antes do dia da Independência, isto é em 11 de Novembro de 1975, já os três grupos nacionalistas que tinham combatido o colonialismo português lutavam entre si pelo controle do país, e em particular da capital, Luanda. Cada um deles era na altura apoiado por potências estrangeiras, dando ao conflito a dimensão internacional.
A União Soviética e principalmente Cuba apoiavam o MPLA, que controlava a cidade de Luanda e algumas outras regiões da costa, nomeadamente o Lobito e Benguela. Os cubanos não tardaram a desembarcar em Angola (5 de Outubro de 1975). A África do Sul apoiava a UNITA e invadiu Angola (9 de Agosto de 1975). O Zaire, que apoiava a FNLA, invadiu também este país, em Julho de 1975. A FNLA contava com o apoio da China, mercenários portugueses e ingleses mas também com o apoio da África do Sul.
A decisão de reconhecer como legítimo o governo de Agostinho Neto foi tomada pelo então presidente Ernesto Geisel ainda em 6 de Novembro, antes da data oficial de Independência de Angola.
Já em 1976, as Nações Unidas deram o reconhecimento do governo do MPLA como legítimo representante de Angola, o que não foi seguido nem pelos EUA, nem pela África do Sul.
No meio do caos que Angola se havia tornado, cerca de 800 mil portugueses abandonaram este país entre 1974 e 1976, o que agravou de forma dramática a situação económica.
A 27 Maio de 1977, um grupo do MPLA encabeçado por Nito Alves, desencadeou um golpe de Estado que ficou conhecido como Fraccionismo, terminando num banho de sangue que se prolongou por dois anos. Em Dezembro de 1977, no rescaldo do golpe, o MPLA realizou o seu 1º Congresso, onde se proclamou como sendo um partido Marxista-Leninista, adoptando o nome de MPLA – Partido do Trabalho.
Agostinho Neto morreu em Moscovo a 10 de Setembro de 1979, sucedendo-lhe no cargo o então ministro da Planificação, e engenheiro José Eduardo dos Santos.
No início da década de 1980, o número de mortos e refugiados não parou de aumentar.
A opção Socialista trouxe consigo muita controvérsia no seio da população angolana, muito derramamento de sangue e a corrupção que na era colonial era difícil de se notar. Devido a maior riqueza de Angola, o petróleo para alem de diamantes, vários países socialistas fizeram-se amigos de Angola para sugarem parte da economia angolana, com vendas de armamentos e outros meios que eram difíceis no país. O motor dessa pareceria veio a ser A União Soviética que até nos finais dos anos 90 Angola tinha dívida com este país que orçava acima de 20 bilhões de dólares de armamento. Se entendia, já que o novo Presidente tinha como esposa Russa, a mãe de sua Filha a Isabel dos Santos, que hoje é a primeira rica do continente Africano, assim como muitos países da Europa. Um desses países foi a Republica Democrática Alemanha.
Talvez gostarias perguntar:
Porque veio a existir duas Alemanha?
Após a derrota do país na Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria, a Alemanha permaneceria dividida, com cada uma das partes integrando blocos económico – ideológicos opostos. Os alemães referem-se muitas vezes a 1945 como a hora zero, para descrever o quase -total colapso do país. Na Conferência de Potsdam, a Alemanha foi dividida pelos Aliados em quatro zonas de ocupação militar; as três zonas a oeste viriam a formar a República Federal da Alemanha (conhecida como Alemanha Ocidental), enquanto que a área ocupada pela União Soviética se tornaria a República Democrática da Alemanha (conhecida como Alemanha Oriental), ambas fundadas em 1949. A Alemanha Ocidental estabeleceu-se como uma democracia capitalista e a sua contraparte oriental, como um Estado comunista sob influência da URSS. Em Potsdam, os Aliados decidiram que as províncias a leste dos rios Oder e Neisse (a “linha Oder-Neisse”) seriam transferidas para a Polônia e a Rússia (Kaliningrado). O acordo também determinou a abolição da Prússia e a repatriação dos alemães que residiam naqueles territórios, formalizando o êxodo alemão da Europa Oriental.
As relações entre os dois Estados alemães do pós-guerra mantiveram-se frias, até a política de aproximação com os países comunistas da Europa Oriental promovida pelo Chanceler ocidental Willy Brandt (Ostpolitik), nos anos 1970, cujo conceito principal era “Dois Estados alemães dentro de uma nação alemã”. O relacionamento entre os dois países melhorou e, em setembro de 1973, as duas Alemanhas tornaram-se membros da ONU.
É do conhecimento do Publico Angolano, que antes da caída do murro de Berlim, a Extinta Republica Democrática Alemã tinha relações de amizades com vários Governos Socialista e um desses foi Angola.
Nessa amizade que tiveram desde a Independência de Angola, foram assinados diversos Acordos e um desses foi a Extinta RDA receber Angolanos jovens para a Formação Profissional com a duração de 4 anos, assinado pelo Ministério do Trabalho sob autorização de S. Excelência Senhor José Eduardo dos Santos, Presidente da Republica de Angola.
Muitos jovens ingressaram nesse programa do Governo para o benefício do país posteriormente. Essa era a ideia e todos Angolanos que se encontravam na Extinta RDA, ficaram surpresos já na RDA, que seriam Trabalhadores em varias fabricas do país algo que o Governo Angolano não tivera revelado aos jovens que procuravam melhor formação para ajudar o país.
Esse Acordo iniciou nos anos 1985 com rectificações anualmente, o Ministério do Trabalho Angolano era o órgão encarregue dessa responsabilidade.
Ex – Trabalhadores na extinta RDA não tinham conhecimento que os quatros anos de trabalho como escravos nas empresas da extinta RDA ou mao barata.
Somos considerados como machadares da boa imagem angolana dentro e no exterior do país.
O Dr. Agostinho Neto umas das suas palavras de slogan dizia: “ A Luta Continua”
Uma frase constituída por três palavras, mas o seu fundo histórico tem significado importante. Pode se escrever desta curta frase dezenas de livros ou mesmo centenas.
Angola estava sobre o domínio Português e que não era algo justo. O povo tinha que estar ciente que a luta era necessário pela independência do país sob o jugo colonial.
Isto era Justo e o povo angolano tinha e tem até hoje esse direito. Não importava quanto tempo duraria essa luta, mas o direito tinha que ser reconhecido e assim aconteceu no 1975,Portugal entregou o país ao povo Angolano, que chamamos “INDEPENDENCIA”.
Nós, os Ex-trabalhadores angolanos na extinta RDA, podemos dizer, que as palavras do Dr. Agostinho Neto, faremos delas o nosso lema:
“A Luta Continua”,
E nesses trinta anos continuamos a lutar pelo direito que nos cabe e que o Governo Angolano fecha os olhos a realidade devido a corrupcao e a ditadura implantada contra o povo que tenta reivindicar.
Assoextra e.V.
Coburg, 07 de Junho de 2017